segunda-feira, 2 de abril de 2007

Caos Aéreo

Nada mais injusto que processar os Controladores de Vôo por um Tribunal Militar, pela atitude assumida no final de semana passado. Foi resultado do tratamento deles como militares. Obedece e cala a boca. Abrir a boca, encaminhar relatório, se manifestar sobre as claras e óbvias falhas e carências no sistema de controle aéreo, é punido severamente. Aí deu no que deu.


Vai fundo no caso, os caras nem deveriam ser militares e o governo está começando a reconhecer esse fato. Há longo tempo eles estão pedindo a desmilitarização do setor. Até agora não foram atendidos. Deu no que deu.


Isso tudo não é insubordinação, mas uma forma que uma minoria especializada foi pressionada a adotar, para chamar a atenção sobre um problema bastante grave. Este, como os próprios Controladores manifestam, vai bem além de reivindicações gremiais. O estado da infraestrutura que pretende controlar o tráfego aéreo é bem precário. Nem Aeronáutica nem Governo estão se mexendo o suficiente para encarar a situação. Deu no que deu.


A sociedade toda (incluíndo todos aqueles que estavam presentes nos aeroportos na hora do caos acontecer), deveriam agradecer o sacrifício dessa turma. Se houver irregularidades no seu proceder, poderiam ser julgados pelo Código Civil. Não procede serem julgados pelos que são diretamente afetados. Ninguém merece o que isso pode dar. O problema real é outro, não é culpa deles e não adianta tirar o bumbum da seringa.

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Brian Setzer Orchestra. Tocava com Stray Cats. Quase todo o álbum é bem escvutável. Lembro de "baladas" adolescentes. Classicão com roupa nova, mas sempre no rock, mesmo com bigband.

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