Nada mais injusto que processar os Controladores de Vôo por um Tribunal Militar, pela atitude assumida no final de semana passado. Foi resultado do tratamento deles como militares. Obedece e cala a boca. Abrir a boca, encaminhar relatório, se manifestar sobre as claras e óbvias falhas e carências no sistema de controle aéreo, é punido severamente. Aí deu no que deu.
Vai fundo no caso, os caras nem deveriam ser militares e o governo está começando a reconhecer esse fato. Há longo tempo eles estão pedindo a desmilitarização do setor. Até agora não foram atendidos. Deu no que deu.
Isso tudo não é insubordinação, mas uma forma que uma minoria especializada foi pressionada a adotar, para chamar a atenção sobre um problema bastante grave. Este, como os próprios Controladores manifestam, vai bem além de reivindicações gremiais. O estado da infraestrutura que pretende controlar o tráfego aéreo é bem precário. Nem Aeronáutica nem Governo estão se mexendo o suficiente para encarar a situação. Deu no que deu.
A sociedade toda (incluíndo todos aqueles que estavam presentes nos aeroportos na hora do caos acontecer), deveriam agradecer o sacrifício dessa turma. Se houver irregularidades no seu proceder, poderiam ser julgados pelo Código Civil. Não procede serem julgados pelos que são diretamente afetados. Ninguém merece o que isso pode dar. O problema real é outro, não é culpa deles e não adianta tirar o bumbum da seringa.
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Brian Setzer Orchestra. Tocava com Stray Cats. Quase todo o álbum é bem escvutável. Lembro de "baladas" adolescentes. Classicão com roupa nova, mas sempre no rock, mesmo com bigband.
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