sábado, 11 de agosto de 2007

Panquecas com Molho de Celular

A mistura 3 x 1 é a base da receita. O resultado pode ser apreciado em variadíssimas versões. A receita base nem tanto, mas admite combinações de diferentes ingredientes.


Digo que quero escrever sobre telefone celular, mas estou fazendo panquecas enquanto escrevo este texto. Um exercício como entrelaçar as coisas. Passam idéias pela cabeça que nada tem a ver com os temas propostos. Incorpora ou não incorpora? A história existe para ser criada.


Este espaço, concebido como blog pessoal, coisas da visão que estou tendo da vida que estou vivendo e do que percebo no meu redor, em meu próprio espaço-tempo. Descaminhei, ou não, mas fui por trilhas paralelas. Agora estou fazendo panquecas e tentando emendar a história de um celular. Blog é pra ler. Fotolog é outra coisa. Imagens só podem ter a função de atrair para a leitura.


Então, 1 copo de farinha, um copo de leite e um ovo, mais uma pitada de sal. Triplica para fazer quantidade. Bater. Esquentar bem uma frigideira. Derramar um pouquinho de óleo nela. Quando bem quente, começando esfumaçar, esparramar um colherão desta mistura (um líquido meio grosso) na friga. Fritar um lado, virar de pulo no ar e fritar o outro lado. Passar manteiga e empilhar.


Seguindo as proporções, vai farinha branca e integral e fibra de trigo; leite de soja em pó, uma colher de levedo de cerveja, sal marinho e água. Bater. Bateu que não acho o liquidificador. Tem um batedor manual numa caixa embaixo da casa. Então dá um tempo, toma um gole de vinho e fuma mais um Trevo.


Tem coisas que fazem a gente pensar sobre a vida, também sobre a própria. Tivemos, participamos em, curtimos um evento massa na Ufsc. O Calimed organizou uma “Jornada Interdisciplinar de Ações em Saúde e Ambiente”. Paralela, nas mesmas datas e nos mesmos lugares que um Congresso Nacional de Estudantes de Medicina e outro de Arquitetura. Foi durante o recesso e logo todo mundo se dispersou, até aqui em casa.


Estou na minha, numa boa, militando ambientalmente no setor ‘sacolas’, sejam de plástico ou de qualquer outro material. É coisa que não está dando dinheiro. O pior é a comunicação. Sem celular é como sem cpf. Sem condição nenhuma de habilitar um, nem usado por 79 reais legal na loja, nem roubado por um trintão.


Fui no Calimed para usar a net, atualizar este e outro espaço, checar e-mail. Tinha uma caixa com perdidos e achados. Pulseiras de aço, colar de prata, chave de carro, livro, óculos de sol, e por aí, até celular tinha. Só podia dar uma olhada nele, lg com foto. Pensei: uma estudante de medicina qualquer, sem celular. Claro, porra, a gente primeiro pensa em mulher.


Também agora lembro das panquecas. Foram goela abaixo com molho de pts com vegetais. Na faixa.


Aí voltou aparecer o celular, meio copresente o tempo todo. Um desses que tira fotinhos seria coisa pro blog. Nem sonhar, nem de alucinação. Sem chance.


Foi quando apareceu o aparelinho bem aí na minha mão. O dono é do Rio de Janeiro. Só ligar pra mãe, de outro telefone, claro. A chance deu-se o dia sub-seguinte. Eu pensando em quem tinha perdido o seu celular, pensando se fosse meu e alguém devolvesse, lembrando de outras latitudes, onde você acha de novo o que perde em qualquer lugar.


Vi o modelo em várias vitrines. Fui numa loja autorizada da operadora e coloquei o caso. Podem receber o aparelho e entregar pro dono. Decidi ligar e combinar o jeito de proceder. Um vereador me autorizou a ligação. A mãe deu ocupado. Ligamos para outro número, identificado como “casa”. Atendeu o irmão do dono do celular. Anotou meu e-mail.


Fui almoçar no Prato Popular de um real e logo parti pro Calimed, querendo usar o o computador ligado na rede. Tinha e-mail dizendo que a empresa ia repor o celular e eu podia ficar com este aqui.


Meu, vou dizer o que... sem palavras, feliz dia dos pais. Não precisa ser pai para ter um feliz dia nesse dia também.


To di kara. Pode?



Playlist: Dire Strait

A Casa do Pereira


Escrever sobre a casa que o Pereira está construindo no seu quintal deveria ser, também, escrever sobre bioconstrução. Tive o imenso prazer de visitá-lo um domingo, mas não fui muito jornalista, nem tomei nota da imensa quantidade de dados que despejou na minha cabeça. Mas tirei algumas fotos.


O que é visível e chama a atenção é o prédio, construído de diversos resíduos recicláveis ou descartáveis. O que não se vê é o que está embaixo da terra, ou seja, o sistema de tratamento de efluentes.


Chegando lá, ele faz a primeira declaração: Tudo o que entra na sua propriedade fica aí dentro; nada sai. Mostra as composteiras e explica o manejo daquilo que tanta gente só chamaria de mato: uma rica variedade vegetal difícil de achar num terreno de cidade.

Na sala de entrada da biocasa conta que o piso tem 2.800 garrafas pet como base. Muros exteriores e paredes têm pets e sacolas plásticas, seguradas com bambu, ferro de construção, arames diversos. Utilizou diferentes misturas de massa com resíduos plásticos, mostrando a resistência destas. Um muro tem um sistema de circulação de água entre as garrafas, configurando um sistema de climatização.


Subimos até o ninho, em construção no quarto andar, onde a vista domina bairro e horizonte, bem protegidos do vento. Conversamos entre goles de cerveja. O cara é um expert no assunto “reaproveitamento de materiais, reciclagem, tratamento de lixo, produção de composto” e por aí. Só escrevendo um livro – ou dois, ou três – para repassar a sabedoria acumulada.


Ele coordena um projeto no Morro da Mariquinha, área de população de baixa renda com freqüentes conflitos sociais. De repente dou uma voltinha por aí, para mostrar o que se pode fazer misturando conhecimento técnico e inventiva.


quarta-feira, 1 de agosto de 2007

RETOMANDO

terça-feira, 31 de julho de 2007 / 08:16:06

Há tempo que não atendo este espaço. Estive absorvido pelo domínio: www.sacsplast.libertar.org. Parece-me que, se você visitar esse blog, aqui não haveria espaço para discutir sobre sacolas de plástico.

Estou na 'Casa da Floresta', rodeado de um mato surreal. Restos de mata secundária misturados com espécies importadas. Palmeiras de palmito, limão galego, banana, tangerina, cana, mamão, pequena horta e jardim, junto a plantas decorativas que em outras latitudes só crescem dentro de casa. Tudo misturado na encosta do morro.

Mais cedo, um casal de saracura estava removendo nosso composto procurando alimento. Tinha um casal de pica-pau também. Aparecem algumas, poucas, aves, de trino e de grito. Uma vez vi uma garça azul. Hoje ouvi um macaquinho, mas não se mostrou. Não queremos alimentá-los, para não criar dependência. Mas os gatos têm ração, o Leãozinho, sua irmã Caramela e a mãe Shaia.

Pra sair daqui só por trilha. Pra chegar também; dá uns 250 metros morro acima. Um bom exercício. Deu um choque muito positivo na minha estrutura toda. Demais é o que ando de ônibus. Dois pro centro ou três pra Ufsc. O dia seguinte à minha chegada ganhei passe livre e porto cartão de 'necessidades especiais'. Aliás, faltam poucos meses para ter direito por idade.

Tem uma pedra grande no topo do morro. Daí dá pra ter uma panorâmica da lagoa que fica na ilha. No fundo, atrás das dunas, é o mar. Da casa não se vê isso; vegetação demais. Não demais é a vegetação que desfila pela cozinha e é encaminhada a nossos intestinos. Não rola carne nem peixe.

Convivo com três estudantes de medicina neste lugar que, por certo, não é uma república. Muito apropriado para estudar e também para algumas festas memoráveis. Tem que colocar tochas na trilha para os convidados. Lugar bom demais, sem tv, nem telefone e, claro, sem internet. A caixa idiota está banida, ou apenas usada para assistir filmes. Teríamos que puxar cabo para a linha telefônica, por baixo da terra. Projeto congelado.

Então, escrevo aqui em casa, gravo no cd, e depois vou pro Calimed para postar. Mas hoje não, tem um monte de roupa de molho. Só estou esperando esquentar um pouco mais o dia. Também é dia de fazer pão. Algumas páginas estão esperando tradução. Algumas idéias, para manter vivo este espaço, estão borboleteando na cabeça.

Imagens só na próxima oportunidade. Já é 18 e trinta; não chego em casa antes das 20 e meia. Isso é hoje, quarta feira.

O Movimento Ambientalista

Como dito antes, são três ônibus de ida e outros tantos de volta. Total de três horas em cadeira cativa e terminais, para fazer um post. Então aproveito e logo faço outro. Encontrei em “Paint the Town Green”, um excelente livro em pdf que lá vale 20 libras esterlinas e baixa de graça. Daí extraí uma definição de Movimento Ambientalista, que coloco a continuação:


Podemos definir como parte do Movimento Ambientalista qualquer pessoa, entidade, organização ou instituição envolvida em apresentar informação, desenvolver ou implementar políticas, realizar decisões ou implementar campanhas em assuntos ambientais.


Assim, o Movimento Ambientalista não se reduz às óbvias Ongs que atuam no setor, mas abrangem um amplo espectro de políticos com compromissos ambientais, assessores de políticos, instituições governamentais, departamentos de governos locais que promovem sustentabilidade, comissões públicas de desenvolvimento sustentável, acadêmicos que trabalham com ciência relacionada ao meio ambiente, especialistas em comunicação que trabalham na promoção de melhores e mais produtivos elos entre provedores e receptores de informação, promotores de negócios que tentem gerar ocupações a partir de comportamentos ambientalmente amigáveis, comentadores ambientalistas, grupos que implementem campanhas, consultores, autores e jornalistas.


É um quadro amplo com muitas interconexões e, às vezes, sem interconexão alguma. É meu público alvo.

Comportamentos ambientalmente amigáveis

referem à escolha de modos de vida específicos,

que reduzam impactos ambientais pessoais

e ajudem assegurar que o consumo de recursos

seja sustentável a nível social.


quarta-feira, 4 de julho de 2007

Angra 3 Não!

Quase tudo o que sei sobre energia atômica foi resumido pelo saudoso José Lutzembreguer no livro "Fim do Futuro?, publicado em 1976. Agradeço o BarbaRuiva por scannear.

Aprendiz de feiticeiro
O dogma da necessidade do crescimento constante tem levado a. extrapolações estatísticas absurdas, como a da continuação indefinida da duplicação, cada dez ou cada sete anos, do consumo de energia. Em base a este tipo de extrapolação, para cuja realização na prática se movimenta uma publicidade que nos incita a um uso cada vez mais esbanjador de energia, surgem, então, planejamentos ainda mais absurdos, como o de querer semear, nos próximos quinze anos, um total de quase cinqüenta usinas atômicas em um pequeno país de 250.000 km, como é o caso da República Federal da Alemanha.
Aqueles que têm interesse nesta proliferação nos apresentam a energia nuclear como a energia do futuro, a energia mais abundante e mais limpa, mas silenciam seus incríveis custos ambientais e fazem o possível para desinformar-nos a respeito. Se é verdade que das chaminés das centrais nucleares não sai a fumaça preta das usinas a carvão, é também verdade que estas usinas,produzem os mais temíveis e indestrutíveis dos poluentes. Uma poluição para cuja percepção nosso organismo nem órgãos de sentido têm. Enquanto a Natureza nos deu olfato para distinguir gases fétidos de agradáveis aromas, olhos para constatar beleza e contrastá-la á feiúra é á desordem, ouvidos para sentir harmonias e distingui-Ias da cacofonia e do barulho, uma pele capaz de notificar-nos se as temperaturas são propícias ou perniciosas, ela não nos forneceu nenhum instrumento que nos permitisse dar-nos conta se nos encontramos ou não em ambiente infestado de radiação. Isto não estava previsto! A radiação ionizante em ambiente vital é insídia inventada pelo Homem.
A proliferação atômica, tanto em sua fase guerreira como na fase dita pacífica, ambas complementando-se perfeitamente, constitui o maior perigo que o Homem e a Natureza já enfrentaram. Incidindo sobre o mecanismo hereditário dos seres vivos, a radiação ionizante afeta e altera o código genético. Quando isto acontece em células somáticas (as células dos tecidos do corpo) pode levar ao câncer ou à leucemia; nas células germinais (as células que servem à reprodução da espécie) causa mutações. Destas, as mutações subletais (as que não matam o ser em formação) são quase sempre recessivas e ficam incorporadas ao capital genético da espécie. Os estragos, deformações ou deficiências hereditárias podem aparecer até muitas gerações e milhares de anos depois. Assim, quando contaminamos o ambiente com radiações ionizantes, prejudicamos não somente os que hoje vivem, mas condenamos também gerações futuras que nada têm a ver com nossas motivações atuais.
A exploração da energia nuclear, desde sua fase de mineração até o lixo atômico, o que, além das usinas propriamente ditas, inclui as usinas de enriquecimento do urânio e a refinação do material físsil usado, contamina o ambiente com elementos radioativos, alguns dos quais com meia vida de milhares de anos. Este é o caso do plutônio. Sua meia vida é de 24.400 anos. Isto quer dizer que um quilo de plutônio leva 24.400 anos para desintegrar-se a ponto de sobrar meio quilo, mais 24.400 anos para reduzir-se a um quarto de quilo, outro tanto para que sobrem apenas 125 gramas e assim por diante. Para que um contaminante radioativo no ambiente se reduza a um milionésimo da quantidade inicial são necessárias cerca de 20 meias vidas. No caso do plutônio, pouco mais de 500.000 anos! Se a quantidade inicial era mui o elevada, isto pode não ser suficiente. Uma tonelada de plutônio, após meio milhão de anos deixará ainda um gramo.
O plutônio, elemento criado pelo Homem, antes inexistente na Natureza, é a substância mais fulminantemente tóxica (radiotóxica) que nossa despreocupada espécie já teve em mãos. Poucos quilos, uniformemente distribuídos na atmosfera, seriam suficientes para acabar com toda Vida da Terra. Existem já mais de 100 toneladas de plutônio. Em 1980 seriam quase 400 toneladas e no ano 2000 teríamos alguns milhares. Mas também os poluentes radioativos de meia vida relativamente curta, como o estrôncio 90, que se concentra através das cadeias alimentares e consegue assim instalar-se em nossos ossos, especialmente nos ossos das crianças, tornando-nos radioativos por dentro, tem ainda uma duração absolutamente intolerável. Com sua meia vida de aproximadamente 27 anos, ele necessita de mais de 500 anos para deixar de molestar-nos.
Pela introdução de elementos radioativos na Ecosfera asseguramos que, além dos estragos devidos à radiação atual, e que já são a longo prazo quando são de natureza genética, sejam causados sempre novos danos através de centenas, milhares e centenas de milhares de anos, quando não milhões de anos, pois os elementos radioativos difundidos continuarão agindo, para causar sempre novos problemas imediatos e retardados.
Também aqui, argumentam os tecnocratas que as concentrações rotineiramente introduzidas no ambiente pela tecnologia nuclear são desprezivelmente baixas. Como no caso dos aditivos químicos e dos resíduos de pesticidas na alimentação, dos efluentes ou emissões industriais, a argumentação apoiada nas definições de doses mínimas permissíveis é falha quando não tendenciosa. O câncer começa a nível molecular. Um só fóton de radiação ionizante, incidindo no lugar certo do código genético, uma só molécula de substância ionizante ou um só vírus podem desencadear o câncer, podem causar a mutação, formando o gen defeituoso que circulará no capital genético por milhares de anos. Esta argumentação, portanto, é algo assim como se a policia coibisse apenas o uso de canhões e metralhadoras pelo público mas não visse inconvenientes na diversão com revólveres, pistolas e adagas. ._
O leigo se imagina muitas vezes que serão certamente encontradas técnicas, ainda não suspeitadas, para resolver os problemas da radioatividade. Mas a Ciência não só nos abre novos horizontes, ela também nos diz de impossibilidades fundamentais. Quando mexemos com o átomo, estamos mexendo com mecanismos básicos da estrutura do Universo. Podemos produzir plutônio, podemos até consumi-lo no reator, mas nunca conseguiremos recuperar o plutônio disperso, da mesma maneira que não podemos recolher o DM que se encontra nos oceanos e jamais eliminaremos a radiação dos elementos radioativos ou poderemos alterar-lhes a meia vida. Com a tecnologia nuclear colocamo-nos na posição da figura da fábula que destapou a garrafa que continha o espírito...
Podemos e devemos cometer erros para aprender, mas há um tipo de erro que devemos evitar a todo custo, o erro irreversível. Uma central nuclear de 1000 MWa, que é a ordem de magnitude prevista para as centrais do futuro imediato, produz, em um ano de operação normal, material radioativo com poder de radiação de pelo menos mil bombas de Hiroshima. Uma pequena parte deste material contamina diretamente a atmosfera e os corpos d'água, saindo pelas chaminés (por isto as usinas nucleares tem chaminés tão altas) e na água de refrigeração, assim como pelos vazamentos inevitáveis em toda maquinaria complexa.
A maior e mais perigosa parte do material radioativo é a que sobra na reciclagem do combustível usado. Esta é a parte que constitui o lixo atômico propriamente dito. A reciclagem é feita em usinas especiais, mais vulneráveis ainda a panes, acidentes, sabotagem ou terrorismo que as centrais. Uma vez que estas instalações se destinam ao atendimento de várias centrais, é multiplicado o acúmulo de material altamente pernicioso. Este lixo é tão radioativo que só pode ser manipulado por r controle remoto e a custos extremos. É armazenado em forma líquida ou solidificado e mantido em depósitos especiais para ser depois colocado em minas de sal, injetado em estratos geológicos profundos e mesmo em abrigos de superfície. Alguns pretendem levá-lo aos gelos da Antártida. Durante certo tempo foi jogado às partes mais profundas dos oceanos mas, quando os oceanólogos demonstraram que também estas partes abrigam muita vida e que suas águas estão em circulação e intercâmbio com as demais, esta prática foi proibida por acordo internacional, mas não há controle suficiente. Outros pretendem mandar os resíduos ao espaço, injetando-os em órbita de mergulho solar. Demonstram assim sua fé cega na infalibilidade tecnológica e incapacidade de compreender as ordens de magnitude logo alcançadas. Onde estão os foguetes absolutamente á prova de pane? A própria NASA, com todo o cuidado, não consegue evitar a incineração de astronautas na plataforma de partida. A escalada prevista exigiria, já no ano 2000, vários foguetes diários. O problema do lixo nuclear, nas ordens de magnitude que já tem e que ainda se preparam, é insolúvel.
As centrais e demais instalações complementares, ao se tornarem obsoletas, após 15, 20 ou 30 anos, constituirão ruínas radioativas, só desmontáveis com complicados e gigantescos mecanismos de controle remoto e a custos absolutamente proibitivos. As centrais até hoje abandonadas não foram desmontadas. Onde colocar os entulhos? Se não forem desmontadas estarão garantidos sérios desastres para incautos e arqueólogos até no mais remoto futuro.
O funcionamento normal das centrais nucleares e das instalações complementares significa tremendos riscos, diante dos quais são insignificantes todos os riscos tecnológicos até hoje incorridos. Conforme a densidade demográfica e as condições meteorológicas, uma pane ou um ato de sabotagem ou terrorismo poderão significar morte imediata e retardada de até milhões de pessoas sobre imensos territórios e através de intermináveis períodos de tempo. Apesar disto e apesar dos crescentes protestos populares, insiste-se ainda em construir centrais junto a grandes centros urbanos. Entre nós não faltam os políticos e administradores desavisados que reclamam centrais para sua cidade ou estado.
Os interessados insistem que têm absoluto controle da situação, que não haverá defeitos técnicos e erros humanos e que saberão evitar sabotagem e defender-se contra o terrorismo. Apresentam-nos estudos como o Relatório Rassmunsen que nos dão probabilidades infinitesimais para acidentes fatais. Mas este estudo não levou em conta erros e desleixos humanos. As numerosas panes já acontecidas, basta citar o reator de Browns Ferry, nos Estados Unidos e o de Gundremmingen na Alemanha Federal, demonstram exatamente isto. Os erros humanos são inevitáveis. Naturalmente os responsáveis e os governantes procuram abafar todos estes fatos. Quando eles se tornam do conhecimento do público, é sempre através de pessoas preocupadas e lutadores ambientais. Interessante é constatar que, até agora, nem os grandes consórcios de companhias de seguros aceitam cobrir completamente danos devidos a acidentes nucleares. Nos Estados Unidos cobrem até apenas 60 milhões de dólares e o Governo cobre dali até 560 milhões. Mas se morrerem milhões de habitantes e vastos territórios se tornarem inabitáveis, para todo sempre, que são 560 milhões? E se não sobrar ninguém para cobrar indenização?
O dinheiro do governo é o dinheiro do povo. O povo que é chamado a.ser a cobaia deste gigantesco experimento não é chamado a participar das decisões pertinentes. O povo, assim mesmo, paga duas vezes, no próprio corpo e no bolso. É importante que sem estas garantias governamentais fechariam todas as centrais nucleares conforme declaram seus próprios diretivos. O negócio nuclear é subvencionado em todas as suas fases, desde a pesquisa até a construção e operação, e sem esta subvenção não teria capacidade de concorrer com as demais formas de energia.
Num pais semeado de centrais nucleares, qualquer guerra convencional se transforma em guerra atômica. Uma usina nuclear atingida por bombardeio convencional libera no ambiente fantásticas concentrações de radioatividade que poderão espalhar-se por centenas de milhares de quilômetros quadrados. Isto seria muito pior que as explosões de Hiroshima e Nagasaki. No caso da bomba, a maior parte do material radioativo é levada á estratosfera, a radioatividade é residual. As Forças Armadas deveriam refletir sobre este aspecto. A segurança nacional será inversamente proporcional ao número e densidade de centrais. Pouco ou nada poderão fazer. Qualquer terrorista disposto a tudo terá mais força que todo um exército.
A tecnologia nuclear pressupõe um mundo perfeitamente utópico - um mundo sem guerras, sem revoluções, convulsões sociais, desordens, sem terrorismo, sem roubo, banditismo, sem desleixo e erros humanos, sem força maior, terremotos, maremotos, cheias, sem acidentes de transporte. Este tipo de mundo nunca existiu e nunca existirá. Constitui criminosa irresponsabilidade contar com ele. Assim mesmo, foi noticiado o comentário de técnico nuclear alemão que teria proposto diminuir as exigências de segurança para baixar o custo de nossas centrais.
As ocorrências de urânio são tão ou mais limitadas que as do petróleo. Em reatores do tipo convencional as reservas mal durariam até o fim do século. Para superar este impasse prevê-se a "economia do plutônio", que se baseia numa nova geração de reatores, os regeneradores rápidos. Nestes a radiação do plutônio transforma o urânio 238, não físsil, em mais plutônio. O combustível básico seria então o plutônio! Com isto os perigos até aqui apontados ficariam exponenciados em várias ordens de magnitude. A movimentação maciça desta mais perigosa de todas as substâncias tornaria inevitável a proliferação de armas nucleares em mãos de irresponsáveis e mesmo de grupos terroristas. Poucos quilos de plutônio permitem a fabricação de bombas atômicas primitivas e "sujas". Que mundo estamos preparando para nossos filtros!
Enquanto os interessados se apressam em construir sempre mais centrais nucleares;- multiplicam-se as vozes dós entendidos que nos advertem que a energia' nuclear, longe de constituir resposta à crise energética, poderá agravá-la.
Em sua fase de mineração, refinação, enriquecimento é fabricação dos componentes e construção das centrais, na reciclagem do combustível usado na fabricação da água pesada e demais insumos, assim como na manipulação do lixo atômico, a tecnologia nuclear é extremamente consumidora de energia, de energia fóssil. A relação insumo energético/produção de energia utilizável é muito baixa, tão baixa que os programas nucleares previstos apresentam balanço energético negativo durante muitos anos. Este balanço só se tornará positivo anos após cessar a expansão na construção de novas centrais. Mas se pretende, justamente, construir sempre mais centrais. Esta corrida só acelerará o consumo definitivo dos combustíveis fósseis.
Por outro lado, a gigantesca capitalização exigida, quase toda ela de dinheiro público, interferirá nos esforços para desenvolver soluções alternativas: energia solar, do vento, energia orgânica e outras. Interferirá, inclusive com os esforços por uma agricultura. sustentável, realmente sã, capaz de ajudar a resolver o problema da fome.
Houve afirmações de que a energia atômica seria tão barata que dispensaria os relógios marcadores de consumo de eletricidade. Este sonho já se desvaneceu. Todos os custos têm sido ridiculamente subestimados, mas os que ainda insistem em querer convencer-nos de que a energia nuclear é barata ignoram os custos que entregam à posteridade. Onde estão contabilizados os custos de proteção e isolamento da Biosfera, durante milênios, de nosso lixo nuclear? Daqui a dezenas e centenas de milhares de anos ainda deverão funcionar entidades especiais com a tarefa de manter isolados nossos detritos. Haverá então só custos e perigos, nenhum proveito. Com que direito entregamos esta hipoteca?
A exploração da energia nuclear constitui nota promissória contra nossos filhos e descendentes remotos! Para satisfazer e manter por mais algum tempo nossos atuais desmandos, condenamos seres humanos e civilizações num futuro longínquo, que nem registro de nossa cultura mais terão, se é que com nossas loucuras permitiremos ainda que haja gerações futuras.
Este tipo de tecnologia é profundamente imoral! As decisões não podem permanecer nas mãos somente dos tecnocratas e burocratas interessados.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Pé na Estrada

Na vida toda viajei muito mesmo, quase como que demais um pouco. Desde muito novo senti o fascínio da estrada. Quando a internet apareceu em minha (nossa) vida, saquei que poderia ser o maior barato relatar online o que a gente ia passando. Ainda acho bem mais legal que os livros de viagem. Um blog de estrada então...

Hoje estou nessa situação outra vez de novo. Domingo pego o 'baú' numa viagem de umas doze horas. Decidí trocar de ares e mudo de mala e cuia para uma cidade maior. Aqui consegui bater dois recordes de permanência: quatro anos e meio na mesma cidade e três anos mais três meses na mesma casa (olha o barraco aí). Nunca antes morei tanto tempo num lugar só.

Juntou que esta cidade que não é o que aparenta (por isso 'Matrixgá'), é uma vaca que não dá leite pra mim, e o fato que o filho reclama sua independência e liberdade. Então vamimbora, cada um pro seu lado.

Só que vou ficar fora do ar por algum tempo. Neste sábado 28 vou na UEM participar no Flisol, pra instalar o Ubuntu mais alguns softslivres nesta máquina onde escrevo este post. Daí pra frente “adiós amigo Bill”. Aproveito que não mais vou ter que compartilhar pra deixar o compu do meu jeito.

De segunda pra frente não sei. A aventura sempre foi parte de minha vida. Só que desta vez tenho a vantagem de ter onde chegar e saber o que vou fazer. Isso não é frequente. Sou bom em reciclar papel e fazer papel artesanal de diferentes fibras naturais. Posso arrebentar na base do papel de bagaço de cana e de bananeira. Só que nem idéia quando vou estar online de novo.

Só tenho a certeza que este blog não vai morrer e que vou agitar bastante o assunto das sacolas, em geral. Escrevi antes, neste blog, que isso dava pano pra manga e calça comprida, e apenas comecei. Pode demorar um pouco, mas ameaço voltar quando montar minha infra de novo.

PS: vida de pobre é assim mesmo: é difícil planejar e tem que ser muito flexível. Se nada der certo, já estou acostumado. Mas desta vez vai dar certo sim, tenho certeza. Inté.

Baixou o Capeta no Bispo

Os que sabem dessas coisas contam: o Malware Maior não se interessa muito pelos “pobres diabos” da Terra. Tudo bem, uma alminha mixuruca a mais sempre é bem vinda; mas, o que interessa mesmo, são essas personalidades que tem poder, que tem influência sobre pessoas. Enquanto mais poderosos, melhor.

Desta vez o Medonho escolheu nada menos que o Senado do Brasil para se manifestar. Mas também o tio Luça tem uma certa dose de inteligência e considerou que acertar duas instituições com a mesma ação seria bem melhor. Aí foi que pegou o Bispo que, por acaso, também é Senador.

Os que sabem dessas coisas dizem: só pode ser o Capeta que pode ter colocado a idéia nos miolos do tal Senabispo ou Bisponador (como preferir / obrigado Jô). É de tal marwadeza que cobre de ridículo Igreja e Senado, desvia personagens importantes de suas funções, produz confusão social e perda de tempo e energia em outro importante segmento. O Besta semeia uma idéia abestada com o fim de criar caos e desgaste social.

Até eu me sinto afetado, pois não gostaria estar escrevendo sobre esta aberração. Mas não acho estar perdendo meu tempo pedindo aos meus fiéis e assíduos leitores dar uma forcinha para exorcizar o homem, evitando sua militância no Partido do Demo.

Eu não sei bem como isso é feito, mas imagino que cada um com a sua crença achará uma forma, junto com amigos, familiares, chegados, co-religionários. Ateus também podem ajudar e até políticos podem exercer seus poderes para botar o homem na trilha da razão, afastando-o do olho gordo que o domina. É assunto que exige mobilização nacional. Blogueiros, mobilizai-vos!

A idéia estapafúrdia é modificar a Lei Rouanet, criada com o intuito de apoiar a produção cultural no País, pretendendo qualificar qualquer “crença” (leia-se religião) para usufruir dos minguados recursos que esta Lei disponibiliza. As igrejas degradadas participando do show-bizz zorra total apoiadas por políticos que nada melhor são capazes de fazer. Sem dúvida “O Paraiso de Capeta”.

KD a separação de Igreja e Estado?

Cai Fora Satanás!!!

Pra me credenciar como entendedor nos assuntos místicos podes conferir meu livro “Eu Disse...” (Prosa Divina), que podes ler ou baixar grátis em formato PDF.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Invasão Alienígena

A gente tem um computadorzinho montado, assim, do jeito como a maioria dos brasileiros e residentes montam o seu. A estrutura material, o que você vê, pode tocar, dar porrada, o que chamam de hardware, vem de variadíssimas procedências e grande parte do parque nacional de informática realmente tem procedência legal; é a parte que paga impostos e sustenta o vício.

O software, a parte eletrônica e virtual que mantém o sistema funcionando e só dá pra xingar, isso segue mais ou menos o mesmo padrão. A variedade é imensa e tudo está à disposição de qualquer pessoa que tenha acesso a um computador conectado na rede. Nem precisa se alistar nas fileiras dos piratas. Nem todos os programas e serviços legais são pagos e existem vários essenciais gratuitos que dão conta de qualquer recado.

A gente aqui em casa é fã do que é free. Essa mágica expressão ‘free’ se encontra na rede com qualquer tipo de sistema, programa, arquivo, serviço. É possível se abastecer de todo e qualquer tipo de lazer e informação, satisfatoriamente, sem infligir leis vigentes. Não desmerecem ferramentas úteis disponibilizadas em forma de tryout ou shareware. Quebram o galho de qualquer e-nauta com hábitos ou necessidades mais sofisticadas. O mundo da comunicação tudo facilita.

Mas o cara (falo do filho) encarna com o ruindous. Não digo que o mesmo não tivesse ocorrido com qualquer outro sistema. Falha humana é poderosa e pode ter conseqüências abrangentes. Basta errar o lugar dum clique e desencadear um ataque alienígena de proporções devastadoras. Perda de atenção por uma pequeníssima fração de tempo e... k’búm!

Baixar arquivos carregados numa rede de compartilhamento, com up e downloads gratuitos, é rotina. Assunto já manjado era aquela janelinha que abre e a gente sabe que não deve clicar nela; só no ‘x’. Aparece num popup, contrariando o navegador programado para abri-los em segundo plano. Algo assim como faz a folhadesampa e tantos outros. O marketing enchendo o saco com a desculpa dos bons negócios.

Então vai ‘x’ neles e não um clique para abrir, pois periga acabar o mundo. Mas não adiantou fechar o link na hora. O estrago estava feito e, às 8:04h do domingo, instalaram-se vários arquivos no hd. Mais outros na seqüência.No decorrer do dia começaram a pipocar umas telinhas pretas e notificações do sistema operacional denunciando tentativas de modificação não autorizada.

Logo apareceram os primeiros alertas vermelhos das defesas disponíveis. Quatro trojanos e dois vírus. Fui descobrir á noite: fecha a janela preta e fica por isso mesmo. Deixa ela aberta e logo aparece ‘alerta vermelho’. Simples, a gente clica e manda os bichos pra prisão; ou os elimina no campo de batalha. O sistema defensor parecia efetivo e o inimigo sofre 43 baixas. Mas, logo mais, a cada 10 ou 15 minutos, tudo começa de novo. F*@k! Scaneia hd com dois programas. Um nada encontra e o outro dá conta do recado, mas não consegue remover dois virulentos. Vai dormir.

Segunda feira achei os marwados. Cinco .exe enquistados no system, produzindo malware adoidados. Não consigo remover. Apelei a uma estratagema colocando ‘w’ no final da extensão de arquivo. Me explicaram que, não sendo ‘exe’, não executa. Vários outros no ‘C’ consegui eliminar.

Nessa situação a gente tem que apelar, mas já nem dava para deletar os arquivos temporários, nem o histórico de navegação. Os três navegadores não conseguiam mais navegar. Incomunicado, sem poder baixar reforços. Logo uma coleção de trojanos e vírus diversos começaram a se instalar à vontade; os vermes de Duna são fichinha comparado com os que apareceram no campo de batalha. Todo o sistema de defesa foi neutralizado, desligado, ficando inativo. Desligar e deixar pro dia seguinte. Planejar resgate de dados, executando efetivamente na terça. Quatro dvds, um cd e fração de outro. Mas aí já era noite de novo.

Não era só isso que a gente fazia o dia todo, é claro. Deixar o hd zerinho demorou mais um dia e só na quinta à tardinha o basicão ficou funcionando. Prioridade o acesso à rede com música ambiente. Acho que até o fim de semana não estarei 100% operacional de novo. Tento agora um post básico. Vou ficar alguns dias afetado pela circunstância.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Olha a Bombaaa!!!

O véio que aqui escreve viu a luz refletida pelo primeiro satélite artificial da história, quando este cruzou o céu do bairro onde morava. Viu também e até passou a mão na primeira cápsula espacial que levou um humano ao espaço. Foi numa exposição patrocinada pelo governo norteamerikano, em Santiago de Chile.

A cápsula espacial não era mais que um chamariz, a isca do anzol, para atrair o povão para uma montagem de propaganda do uso pacífico da energia nuclear. Os gringos, se justificando pela proliferação de usinas produtoras de plutônio, juravam de pés juntos que não era para produzir bombas. E o mundo acreditou.


O Vô aqui nasceu na metade da segunda guerra mundial e era adolescente naquela época, mas desconfiou. Os horrores da grande guerra ainda estavam vivos, a guerra fria dominava nas manchetes e grande era o sofrimento dos povos da SubAmerika, oprimida pelo império em expansão. Convenhamos, é difícil acreditar num carrasco com pose de bonzinho.


Hoje a situação está 'n' vezes pior e o império do mal conta com a cumplicidade inconteste da grande mídia, que mantém o povo desinformado e manipula opiniões, pontos de vista, preferências, atitudes e votações. A questão atômica no Irã e a guerra no Iraq não escapam disso.


Bola da vez, o Irã sofre pressão do sacro império ocidental, que tenta impedir a produção de energia por via atômica nesse país. Tenho os olhos azuis (o que é sinônimo de inocência pros nórdicos, ou de otário na gíria local), mas não consigo imaginar que um povo não ameaçado (fora do amerikano) almeje produzir bombas tão mortíferas só por possuí-las. E me pergunto: se fosse o sangüinário e pró-amerikano Shah Reza Pahvlevi ainda o governador do Irã, qual seria a posição imperial?



Chuto uma resposta: os gringos estariam vendendo plutônio, usinas atômicas e know how pro Irã. Sem temor de errar, enxergo instalações de mísseis e aviões com carga atômica apontando para Rússia, China, Ucrânia. Hoje os gringos perderam sua influência no território dos Persas, mas precisam de seu petróleo; e mais, o Irã é de extrema importância geo-política, tal como o Afeganistão, que já foi invadido.


Um fato é que os norteamerikanos nunca questionaram a escalada atômica da Índia e do Paquistão, países vizinhos e aliados, governados por gerentes imperiais. Mas, o que mais chama a atenção, no Oriente que começa no Bósforo, é a situação de Israel. É um país que não pode ser atacado com força atômica por países muçulmanos; seria pior que um tiro no próprio pé.


Israel é um país que possui bombas atômicas e está afim de usá-las. A gente chega a sentir como lá tremem dedos com vontade de apertar botões que lancem ataques sobre alvos iranianos. Pode acontecer a qualquer momento, com beneplácito do império que lava as mãos. “Problema regional, nada a ver com isso, só estão se defendendo”... já estou lendo, vendo, ouvindo a mídia desinformativa.


O pior é que Israel nunca assinou, nem pretende assinar, o Pacto da Não-Proliferação das Armas Atômicas. Os norteamerikanos fazem vista grossa e não implicam. É um curinga na manga do titio Sam. Sem esquecer que Israel é o país que mais recebe ajuda direta do governo imperial; bilhões de dólares anuais a fundo perdido. Mais uma quantidade equivalente repassada por cidadãos amerikanos. Aí a bomba não incomoda.


Pessoalmente, até acho possível que os iranianos cheguem a fabricar bombas atômicas e sou totalmente contra. Tal como sou contra de armas atômicas nas mãos de qualquer país do mundo. Mas também acho que, se o Irã chegar nesse ponto, será pelo mesmo tipo de imbecilidade e incompetência diplomática norteamerikana que obrigou o Fidel a se declarar radicalmente marxista-leninista e se alinhar com os soviéticos. Ainda não esqueci essa parte da história que é parte da minha própria vida. Só vejo o fato se repetir.


Também vejo se repetirem, tantas e tantas vezes e com a maior cara de pau, as mentiras e os enganos imperiais. Lá, no país da Besta, seguem desenvolvendo, modernizando, aprimorando, produzindo cada vez mais sofisticado armamento atômico. Invadiram o Iraq alegando razões que se demonstraram propositalmente erradas e estão usando armas terríveis, como Napalm e Urânio empobrecido, até contra a população civil. Isso a mídia vendida não comenta, apesar das declarações de integrantes do próprio exército invasor, de soldados a oficiais. Com muito orgulho e boa dose de deboche, diga-se de passo.


Desarmamento Atômico

para Todos os Países do Mundo

sem exeção de ninguém


domingo, 15 de abril de 2007

Muçulmanos proibidos de negociar online


Sob o argumento que os investimentos pagam juros e garantem lucros, os muçulmanos da Malásia ficam proibidos de usar a internet para investir na bolsa ou efetuar transações econômicas. Abdul Shukor Hasim, presidente do Conselho Nacional Islámico, argumenta que o uso da internet deve parar imediatamente, para os fins mencionados, porque transgridem os princípios do Islã.


A notícia veiculada pela Folha Informâtica (13.4.2k7), pode parecer meio esquisita aos adeptos do religionismo cristão. Mas devemos lembrar que, até uns 200 anos antes da invasão do Continente Americano, a igreja católica tinha postura similar; sem internet é claro. Os prestamistas eram condenados ao eterno fogo infernal.


O papa de plantão naquele tempo decretou que daí em diante só iam passar um tempinho no purgatório. Sem dúvida que essa ação deu um grande impulso ao mercantilismo e colocou a base do capitalismo desumano que está destruíndo o planeta e a sociedade. Os prestamistas de então transformaram-se num poder financeiro absoluto que configura um para-estado, ainda mais poderoso que o estado político. Isso com pleno apóio e cumplicidade duma igreja que há muitos séculos esqueceu o 'para 'que' de sua fundação.


Hoje a degradada religião ocidental explora o God Card, cartão de crédito que usa deus como garoto propaganda. Com certeza que os 'brimos' lá na Malásia não estão achando somente esquisito.


Retrocedendo mais um pouco na história encontramos aquele deus chamado Hermes ou Mercúrio por gregos e romanos. Era o protetor dos ladrões, dos vigaristas e dos comerciantes. Parece estar vivinho e atuante até nos dias de hoje.


quarta-feira, 11 de abril de 2007

Moda Verde na Cabeça

A eco-moda está ficando na moda. Com ajuda de designers, estilistas, griffes e celebridades da cultura pop, a moda ambientalmente correta é um fato que está conquistando sua fatia do mercado.

A indústria da moda começou a focar no número crescente de compradores ambientalmente conscientes. Roupas ecoamigáveis, feitas de fibras de algodão orgânico, bambú e até de soja e milho, estão aparecendo nas vitrines do planeta. É um mercado em formação que só pode ter uma tendência: crescer.


Consumidores menores de 30 anos são os mais cientes e esclarecidos; foram os que cresceram com a reciclagem. São eles os que mais procuram roupas que apresentem benefícios ecológicos. Consideram que a moda sustentável deve apresentar roupas que durem mais e degradem mais facilmente.


Existem muitos brilhantes designers de moda no Brasil. Mas parece que a moda em geral está deconectada do modo de vida atual, esquecida da noção de utilidade e das questões ecológicas. Está bem na hora de topar o desafio que se apresenta.


O nicho emergente das sacolas reutilizáveis é um ótimo espaço para exercitar a criatividade. Afinal, ninguém vai poder ficar sem elas.


Seja Étic@: Pense Verde!

Tem uma tendência atual que está começando a preocupar as empresas, em geral, e isso tem relação com questões ambientais. As pesquisas mais atualizadas mostram uma crescente irritação de consumidores pela quantidade de lixo que enche as lixeiras quando desempacotam suas compras.


Os consumidores não ficam aborrecidos só pelo incômodo de tanta embalagem, mas porque muitos se preocupam com o meio ambiente. Tanto pequenas como grandes empresas estão ficando cientes que as questões verdes não podem ser ignoradas.


Para este novo tipo de consumidores, sair de compras pelo puro prazer de comprar e estourar o cartão de crédito não é mais suficiente. Querem mais que uma coisa nova e bonita, querem saber que contribuíram para um mundo melhor, gostam de saber que as embalagens e as sacolas usadas não vão danificar o meio ambiente.


Carregar uma bolsa ou sacola visivelmente ecoamigável hoje é tão chique como levar uma caríssima bolsa de um badalado designer ou de uma griffe famosa. O que estamos vendo é um crescimento sem precedentes de questionamentos morais, sociais e sobre estilos de vida. As empresas não podem mais separar seus lucros do jeito que os produzem.


PIB Verde

Uma nova forma de cálculo do Produto Interno Bruto, feita pelo Governo Federal, elevou a posição do Brasil no ranking das maiores economias do planeta. Para a maioria dos cidadãos comuns tudo bem e tanto faz. Parece mais importante, para o orgulho nacional, se conservar na cabeça do ranking da Fifa.


O caso é que os indicadores de desenvolvimento econômico, como o PIB, não consideram o estoque e a circulação de recursos naturais. É um fato que as indústrias crescem à custa da degradação ambiental. Por isso precisamos indicadores de desenvolvimento sustentável.


Um quadro geral de integração da contabilidade ambiental foi apresentado pelas Nações Unidas em 2k3. Essa metodologia pode ser usada para o macro-planejamento de um país. O primeiro passo para alcançar um padrão internacional de PIB Verde é montar uma base de dados que contabilize os recursos naturais. O passo seguinte é calcular o custo de recuperação dos recursos poluídos.


Na nova metodologia de cálculo do PIB empregada pelo Brasil, não é considerado o valor de coisas como um meio ambiente limpo e sadio como parte dos recursos naturais. Como também não considera o valor de sua poluição e degradação. Vários países europeus já prepararam esses dados. Enquanto isso, o Brasil prefere ignorar que jogar sacolas de plástico nos rios (por exemplo e entre tantas outras coisas) realmente está diminuindo o crescimento do seu PIB.


Parece brincadeira, mas não é não, considerando o tamanho do problema.

Marketing Verde

Não existe a menor dúvida, para ninguém, que as empresas devem aceitar sua responsabilidade e fazer sua parte para diminuir a quantidade de lixo plástico que estão produzindo. Não só pela exigência dos consumidores, mas pela mais convincente razão de prestar atenção a este imenso problema que nosso planeta está encarando.


As maiores agências de publicidade do planeta prevêem uma onda de campanhas verdes em 2k7. Empresas competem em proclamações de responsabilidade ambiental. Para muitas chega a ser assunto que atinge a própria sobrevivência.


Ainda existe algum ceticismo sobre os benefícios comerciais de assumir compromissos ambientais, mas não resta dúvida que estes podem influenciar preferências de consumidores ao escolher marcas de produtos similares. Se uma empresa faz uma declaração ambiental, seu competidor direto fica sob suspeita se ficar calado. Consumidores fazem parte de um mercado cada vez mais vigilante.


As empresas, e as marcas que as representam, não podem ficar fora desta realidade. Se não se alavancam em um “protocolo verde” terão perdas financeiras, porque os consumidores as vão punir. A comunicação e demonstração de valores verdes pode ser considerado um ato de “higiene corporativa”, necessária para conservar competitividade e permanência com seus clientes.


Enquanto existe este desafio, não comunicar as próprias iniciativas ambientalistas apresenta claros riscos. Marketeiros que não realcem o aspecto negativo dos produtos promovidos podem descobrir que consumidores os consideram ambientalmente nocivos.


Presentear sacolas reutilizáveis de pano é uma resposta limpa e clara. É uma declaração não-verbal e sem ambigüidade sobre a sensibilidade ambiental, a através de ação concreta. A própria sacola sustenta a afirmação e constitui um dos mais efetivos veículos de publicidade no mundo de hoje. Usar sacolas reutilizáveis para promoções e eventos é uma forma barata e elegante de estabelecer a imagem verde de uma empresa.


Seus Clientes estão Evaluando

sua Sensibilidade Ecológica!

domingo, 8 de abril de 2007

Sacolas Permanentes na TV 1

A matéria do clipe embaixo apresenta, em forma bem didática, uma iniciativa que está sendo implementada em muitos outros lugares do planeta.

Repare que o comerciante dá um desconto a quem não usa sacolas de plástico. Sua atitude ética sem dúvida traz mais clientes para sua loja.

Sacolas Permanentes na TV 2

O que dá para perceber é que a solução do problema ambiental, producido pelas sacolas plásticas, não depende tanto da "vontade política" do Poder Público. Basta haver "vontade cidadã" para contribuir efetivamente à preservação do meio ambiente.

Um "efeito colateral", observado nos lugares onde foram implementadas ações deste tipo, é que comerciantes ecologicamente responsáveis aumentaram sua clientela. Ganha quem sai na frente.

Arrume as Sacolinhas

Domingo é dia de assitir a caixa idiota (vulgo tv), curar ressaca, visitar a sogra e poraí. Para quem gosta aproveitar o dia na arrumação da moradia, vai aqui uma dica para diminuir o espaço ocupado por sacolas que vão se acumulando.

sábado, 7 de abril de 2007

Tentando Raciocinar sobre Sacolas

Num post anterior manifestei que as sacolas de plástico, que o comércio entrega, não são gratuitas. Na real, estamos pagando por elas. Também não posso imaginar que um comerciante não agregue um lucrinho a esse valor. Afinal, é meio difícil acreditar que faça um investimento sem um retorno financeiro para seu negócio.


Esse valor você paga no caixa, mas não aparece discriminado no canhoto que comprova sua compra. Assim, ninguém fica sabendo o que está desembolsando por esse monte de sacolas que leva para casa e descarta. Por curiosidade, perguntei a alguns gerentes de supermercados sobre o valor das sacolas. Pasmem: não sabiam! Isso, ainda que confirmassem que o valor estava embutido no preço das mercadorias.


Fiz uma experiência, levando uma bolsa pro mercado. Não foi que deu certo! Não precisei de nenhuma sacola de plástico para levar minhas compras pra casa. Mas paguei pelas sacolas que não usei!


Assim não dá e me apego à solução irlandesa, que obriga à população a pagar as sacolinhas no caixa. Serão centavos (quantos?), tudo bem, mas trata-se de volume acumulado, e o consumidor tem direito de saber o custo do que adquire. Não pode haver valores ocultos e menos ainda valores cobrados pelo que não é usado. Né, Procon?


Se o consumidor tivesse que pagar em separado por cada sacola usada, já seria um grande avanço. Certamente diminuiria o esbanjamento de sacolas nos mercados, onde empacotadores tanto gostam de colocar um item por embalagem de transporte.


Adote uma Sacola Permanente


Definição de "Sustentável"

O movimento ambientalista é frequentemente criticado pela obsessão com um “jargão verde” que pouco significa para outros. Muitas pessoas não sabem o que “sustentabilidade” quer dizer e ainda ficam com um branco na cabeça depois de uma longa explicação. Eu fico perplexo, não entendo como o pessoal não entende um conceito tão simples.


Para dar uma forcinha e esclarecer definitivamente essa palavrinha embocada, vai aqui uma definição tirada do Dicionário Ambientalista do Inglês Clássico (Greenman & Greenman):


Sustentabilidade, em particular o ato de sustentar sustentabilidade sustentável em nossa sociedade, é sustentação, em forma verdadeiramente sustentável, dos sistemas sustentadores. Requer, sustentavelmente, a inclusão dos sustentadores da sociedade e, mais significativamente, o assim chamado sustentáculo da sociedade sustentável, para sustentar esses sistemas de uma forma sistemática, sistêmica.

Resumindo, a sustenção sustentacular tem que ser sustensiva e sustinente, se estiver sustentando substancialmente a sustentabilidade sustentável para ser sustentada sostenidamente.”


Só me pergunto: o que estamos fazendo de errado?

De: Painting the Town Green


sexta-feira, 6 de abril de 2007

Linkando Índia com Brasil


Pra começo de conversa, quero agradecer publicamente ao Sr. Rajiv Badlani, de Bombaim, na Índia, pela oportunidade que me deu para desenvolver as matérias sobre sacolas de plástico e sacolas em geral.

Achei interessante a informação veiculada em seu blog, mas está tudo em inglês. De pouco serviriam links que poderia apresentar aqui. Com permissão e incentivo dele estou traduzindo, adaptando, editando e usando imagens e textos, colocando em postagens passadas e futuras.


Eu nunca estive lá, mas tenho a impressão que Índia e Brasil se parecem em muitos aspectos, tem vários problemas comuns. Tem também várias soluções que podem ser comuns ou facilmente adaptadas ou compartilhadas.


Ele sustenta que as sacolas de plástico podem causar danos imensos, mas também podem ser usadas para o bem, como matéria prima. Mata a cobra e mostra o pau.


As imagens mostram o lixo com o qual a turma do Rajiv começa a trabalhar, o tipo de tear basicão que usam e algumas sacolas acabadas, com suas belas texturas. Ele comenta a satisfação que sentem ao converter uma coisa horrível em outra coisa bela. Parece 'milagre', transformar o descartável em permanente.


A história toda pode ser lida (em inglês) em: http://badlani.com/recycle.


Ele acha que é uma realização modesta, mas pensa em tanta gente que poderia se beneficiar disso. Concordo que tem um imenso potencial para o bem.


Rajiv é empresário e conta com uma equipe de profissionais que também produzem uma grande variedade de sacolas de pano, para todos os gostos e necessidades. Manifesta que está procurando contatos que possam ajudar a colocar seus produtos no mercado global. Quem sabe se os preços de lá e o valor do dólar aqui não casam interesses. O e-mail dele é: rajiv@badlani.com.


Esta matéria foi extraída do blog Saving our Planet.


English Part Two


http://www.zshare.net/video/south_park_-_saddam-wmv-342.html

Visit: The Road to the Horizon

Do you know the world?


Sorry, but this video is for those who understand English.
If you have problems downloading it, try this Google vídeo.

Se Liga nos Dados

Desde que foi estabelecido o dado que o mundo consome 1 milhão de sacos plásticos por minuto, quase 1,5 bilhão por dia e mais de 500 bilhões por ano, passaram-se três anos. O crescimento da indústria dos plásticos supera a média de crescimento da economia mundial. Os dados a seguir são de 2k4:


> Cada família brasileira descarta, em média, cerca de 40 quilos de plástico por ano;

> Mais de 80% de todos os plásticos são usados uma vez e depois descartados;

> A cada mês, 1 bilhão de sacos plásticos são distribuídos pelos supermercados no Brasil. São 33 milhões por dia e 12 bilhões por ano, ou 66 sacolinhas por cada um dos brasileiros por mês;

> Se você alinhar todos os copos de plástico descartáveis fabricados em apenas um dia, eles farão um círculo ao redor da Terra;

> O plástico é o resíduo que mais polui as cidades e o campo. Prejudica a nossa vida e a dos outros animais, entope a drenagem urbana e os rios, contribuíndo para inundações;

> Agravadas pelo descarte errado de embalagens plásticas, as enchentes causam transtornos e prejuízos a todos;

> A capacidade dos aterros sanitários e os lixões fica comprometido pelo grande volume de plásticos. Estes também causam a impermeabilização e instabilidade destas áreas. Formam bolsões de gases e retardam a degradação dos demais resíduos.



Playlist: Nina Hagen: my way e vater unser=pai nosso ( este pelo dia de hoje); The Brian Setzer Orchestra: rock this town; Taranitiriça: rockinho (gaúcho).

O que dá pra Fazer?

Quer contribuir para um planeta melhor? Pode começar por aqui:


  • Implemente campanhas de educação ambiental para todos: todas as faixas etárias e sociais;

  • Separe seus próprios resíduos;

  • Não descarte qualquer tipo de resíduos no meio ambiente;

  • Apóie e facilite a reciclagem, dé uma força às cooperativas de catadores;

  • Reutilize as embalagens;

  • Reduça o consumo de embalagens;

  • Boicote produtos com muita embalagem ou embalagem inadequada;

  • Informe os SACs (serviços de atendimento ao consumidor das empresas) de suas decisões;

  • Dê preferência a estabelecimentos que utilizam embalagens realmente biodegradáveis;

  • Nos supermercados, solicite caixas de papelão. Prático se tiver carro, motoca ou bicicleta;

  • Volte com as sacolas que recebeu do mercado, reutilize na próxima compra e peça desconto do valor delas. Afinal, está pagando pelo que não está usando;

  • Exija do gerente sacolas oxibiodegradáveis;

  • Não esqueça levar sua própria sacola reutilizável nas compras;

  • E, por favor, não jogue sacolas de plástico no lixo.

Tem mais? A palavra é sua.



Playlist: Stray Cats, rockabilly riot pra levantar o astral.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Japão quer Diminuir uso de Sacolinhas


Os hábitos de embrulho de presentes e mercadorias sobrepassam os limites do excesso no Japão. A atitude do povo japonês está mais dirigida à apresentação que ao conteúdo. O sentido social do embrulho está baseado na tradição: mais embrulho significa boa educação e formalidade.


No comércio, o embrulho é considerado parte do produto. A conseqüência é que o Japão consome mais plástico por habitante que a maioria dos países. Mas agora os japoneses também estão caindo em conta do problema maluco que estão criando com o descarte de 30 bilhões de sacolas de plástico por ano.


No cartaz da foto está escrito: “Por favor mencione se não tiver necessidade de sacolas de plástico”. Esta loja de conveniência apenas é uma pequena amostra do que está acontecendo por lá. Há um crescente descomforto manifesto entre consumidores, pela quantidade de embrulho e sacolas que estão recebendo. O movimento “Diga NÂO às Sacolas de Plástico” está adquirindo força e consumidores começam a ficar mais atentos e espertos.



A criatividade japonesa não perde ocasião para fazer negócio. Uma empresa dedicada à produção de lingerie estampa um “Não às Sacolas de Plástico” numa nova linha de calcinhas. Aliás, a sacola que a modelo tem no braço é feita de sutiã. Prático, né? Tira o sutiã e coloca a batata, o alface e o xuxú, lá na feira. Agora só falta inventar a camisinha oxibiodegradável.



Use e reuse sua própria sacola de pano!

Exija resposta de supermercados e empresas.



Frase do dia: “Deus não joga dados, mas gerencia um baita dum cassino”.

Biodegradável? É mesmo?

O que exatamente são as sacolas biodegradáveis?

Você está perdoad@ se acredita que seriam sacolas que não vão agredir o meio ambiente. Por desgraça tem gente que se refere às sacolas foto ou hidro-degradáveis como biodegradável. A diferença é grande e as conseqüências do erro são perigosas.


Uma sacola de plástico biodegradável só pode ser uma sacola que decompor completamente, 100%. Mas sacolas foto-degradáveis só desmancham á luz do sol, virando um pó com todos os venenos da sacola original. Esse pó se incorpora ao solo onde cresce seu alimento e na água que você bebe. As conseqüências são assustadoras. E invisíveis.


As sacolas hidro-biodegradáveis são aquelas que são feitas a base de amido ou fécula de mandioca, milho, batata. Elas contém polímetro, que só fragmenta, mas não degrada. A ameaça segue viva.


Os plásticos oxi-biodegradáveis (OBD) e seus componentes vão
desaparecer quando descartados na natureza. A estes é adicionado um sal metálico que oxida o plástico por calor e ação dos raios ultravioleta. Isso permite que microorganismos (bactérias), presentes no solo, possam colonizá-lo e converté-lo em água (H2O), carbono (CO2) e biomassa. Logo não é mais plástico. O material OBD não contém metais pesados ou outros venenos.


Mas nada supera uma boa sacola de pano. A Ana Morelli faz e comercializa um modelo bem bonitão e, principalmente, prático.


Playlist: abre 14GB de mp3 no Songbird e deixa rolar em ordem aleatória.