Uma nova forma de cálculo do Produto Interno Bruto, feita pelo Governo Federal, elevou a posição do Brasil no ranking das maiores economias do planeta. Para a maioria dos cidadãos comuns tudo bem e tanto faz. Parece mais importante, para o orgulho nacional, se conservar na cabeça do ranking da Fifa.
O caso é que os indicadores de desenvolvimento econômico, como o PIB, não consideram o estoque e a circulação de recursos naturais. É um fato que as indústrias crescem à custa da degradação ambiental. Por isso precisamos indicadores de desenvolvimento sustentável.
Um quadro geral de integração da contabilidade ambiental foi apresentado pelas Nações Unidas em 2k3. Essa metodologia pode ser usada para o macro-planejamento de um país. O primeiro passo para alcançar um padrão internacional de PIB Verde é montar uma base de dados que contabilize os recursos naturais. O passo seguinte é calcular o custo de recuperação dos recursos poluídos.
Na nova metodologia de cálculo do PIB empregada pelo Brasil, não é considerado o valor de coisas como um meio ambiente limpo e sadio como parte dos recursos naturais. Como também não considera o valor de sua poluição e degradação. Vários países europeus já prepararam esses dados. Enquanto isso, o Brasil prefere ignorar que jogar sacolas de plástico nos rios (por exemplo e entre tantas outras coisas) realmente está diminuindo o crescimento do seu PIB.
Parece brincadeira, mas não é não, considerando o tamanho do problema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário