sábado, 11 de agosto de 2007

A Casa do Pereira


Escrever sobre a casa que o Pereira está construindo no seu quintal deveria ser, também, escrever sobre bioconstrução. Tive o imenso prazer de visitá-lo um domingo, mas não fui muito jornalista, nem tomei nota da imensa quantidade de dados que despejou na minha cabeça. Mas tirei algumas fotos.


O que é visível e chama a atenção é o prédio, construído de diversos resíduos recicláveis ou descartáveis. O que não se vê é o que está embaixo da terra, ou seja, o sistema de tratamento de efluentes.


Chegando lá, ele faz a primeira declaração: Tudo o que entra na sua propriedade fica aí dentro; nada sai. Mostra as composteiras e explica o manejo daquilo que tanta gente só chamaria de mato: uma rica variedade vegetal difícil de achar num terreno de cidade.

Na sala de entrada da biocasa conta que o piso tem 2.800 garrafas pet como base. Muros exteriores e paredes têm pets e sacolas plásticas, seguradas com bambu, ferro de construção, arames diversos. Utilizou diferentes misturas de massa com resíduos plásticos, mostrando a resistência destas. Um muro tem um sistema de circulação de água entre as garrafas, configurando um sistema de climatização.


Subimos até o ninho, em construção no quarto andar, onde a vista domina bairro e horizonte, bem protegidos do vento. Conversamos entre goles de cerveja. O cara é um expert no assunto “reaproveitamento de materiais, reciclagem, tratamento de lixo, produção de composto” e por aí. Só escrevendo um livro – ou dois, ou três – para repassar a sabedoria acumulada.


Ele coordena um projeto no Morro da Mariquinha, área de população de baixa renda com freqüentes conflitos sociais. De repente dou uma voltinha por aí, para mostrar o que se pode fazer misturando conhecimento técnico e inventiva.


Um comentário:

Anônimo disse...

O que eu procurei não tão emportante eu não achei mas achei outras coisas mais emportante