terça-feira, 10 de junho de 2008

Efeitos Colaterais

Como resultado da visita à Ama, passei à categoria 24 horas. Quer dizer que não preciso mais sair e ficar o dia na rua. Também posso almorçar aqui. Tenho certa liberdade para sair e entrar. Melhorou um grau.

A assistente social ligou pra Polícia Federal e entendeu que não há como se livrar da taxa de R$ 305,xx para se obter a segunda via do documento de identidade. Ela acha que o Consulado Argentino deveria pagar o valor. Falou com alguém lá e me deu um encaminhamento.

Vou ter que ir, perder almoço, mas não vejo como e por que o consulado is pagar a taxa para um documento estrangeiro. A esperança morre quando a objetividade toma conta. Aí não alcança o pensamento positivo.

Tudo bem, nasci por lá, na capital, mas nem o hino nacional sei nem reconheço; nunca cantei a marcha dedicada a Perón; morei lá nem 4% da minha vida; meus direitos de cidadão não vão além de um documento de identidade ou um passaporte. Argentino Eu?... só pra algumas leis de validade internacional e pra mais nada.

Argentino residente no país de lá, indigente e morador de rua, cinco anos mais velho que eu, pode ter direito a 120 dólares por mês. Eu nem apareço no cadastro previdenciário. Não ter direito nenhum no país de nascença é não ter pátria mesmo. Pelo menos não aquela.

Mas vale uma visita ao consulado. Tempo sobra e de repente cato matéria para mais um post.


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