sábado, 14 de junho de 2008

Sem Rumo

À tardinha, no Cibernarium do Largo Paissandú, banhado, roupa limpa, desodorante e dose de cafeina, digitando este sábado, sentado num banco no pátio do albergue, cheio de doentes físicos e mentais, de cegos, toxicômanos e demais.

Queria conhecer um outro labergue, mas o cara que ia acompanhar acordou com dente infecionado. Nem fui tomar café pra evitar briga. Estou nervoso e pensando demais em dar porrada no velho
fdp que ontem humilhou. Só xingar não resolve.

Fico na minha, observando a degradação humana no meu redor. Nem um sequer pra trocar idéia nem falar. A caixa idiota sintonizada na bobo. Tentando fugir do pensamento que esse é meu futuro, anos pra frente. Não é mole, puta que pariu!!!.

Teria que pegar roupa limpa, lá longe, na zona norte. Lavo em casa de um amigo, o único que posso chamar de tal aqui em Sampa. Aproveito tomar banho, relaxar um pouco. Mas não posso ir agora, pra não ficar sem almoço; Alternativa? Sair e ficar na rua até a hora do rango. Só pra não ver tanta miséria humana.

Tem 4 horas vazias na frente. A vida escorrega nem que água ou areia entre os dedos. Com a boca escancarada esperando a moooorte chegar. Ô Raulzito.

Será que é ou não é pra pegar uma despressãozinha? Dar uma olhada em Malkut até pode ser saudável alguma vez, mas não estou enxergando muito a serventia, no momento. Alguém ousa afirmar que a solução disso está no consumo de droga farmacológica? Estava bastante bem nesta semana, mas agorinha me pegou de novo.

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